François Marie Charles Fourier nasceu em Besançon, no dia 07 de abril de 1772 e morreu em Paris aos 10 dias de outubro de 1837. Socialista francês da primeira parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo.
Não foi um homem de ação como Owen. Suas idéias, expostas em inúmeras obras, alcançaram considerável divulgação e foram aplicadas por muitos discípulos.
A solução dos problemas econômicos e sociais deveria ser procurada, segundo Fourier, mediante a associação de pessoas em grupos ou “falanges”, que habitariam em estabelecimentos chamados “falanstérios”.
Em cada uma dessas colônias autônomas, o consumo deveria realizar-se em comum, dentro do “palácio social” ou edifício central do falanstério. Também a produção se realizaria comunitariamente em terreno adjacente ao falanstério.
Fourier priorizou o trabalho no campo e propôs reduzir ao mínimo as atividades nas oficinas e escritórios. Além disso, procurou demonstrar que o trabalho deveria ser prazeroso e atraente; propôs que os ambientes de trabalho fossem limpos, organizados e agradáveis e que os associados se unissem voluntariamente em grupos de acordo com suas habilidades e afinidades. Os grupos podiam escolher suas tarefas preferidas e alterná-las frequentemente, entre si.
A influência dessas e de outras idéias de Fourier, pode ser confirmada através da fundação, poucos anos após sua morte, de aproximadamente 40 colônias fourieristas em diversas partes do mundo. Destaca-se a que promoveu, a partir de 1846, Andrés Godin, em Guisa, no nordeste da França.
Algumas dessas idéias resultaram, no mínimo extravagantes, outras progressistas, originais e outras anteciparam os princípios cooperativistas, tais como a associação voluntária e democrática através de empresas destinadas a satisfazer as necessidades de seus membros.
Essas idéias chegaram às Américas. Na América do Sul, destacamos o Falanstério do Saí, em Santa Catarina e a Colônia Cecília, no Paraná.
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