Periodista, historiador e político francês, Philippe Buchez estabeleceu as bases das cooperativas de trabalho e, em particular daquelas vinculadas às pequenas indústrias ou artesanais.
Propôs que grupos de trabalhadores de um mesmo ofício ou profissão se ligassem voluntariamente entre si mediante um contrato e se transformassem em seus próprios patrões. Deveriam reunir em um determinado local suas ferramentas e utensílios de trabalho, contribuir com suas modestas economias, eleger livremente alguns associados para que se encarregassem da administração e representação da sociedade e, por fim, empreender a produção em comum.
Os trabalhadores receberiam um salário conforme normas estabelecidas e de acordo com sua habilidade individual. A sociedade, enquanto empresa, receberia os benefícios e os distribuiria da seguinte maneira: 80% para proporcionar eventuais socorros e a ser distribuído entre os associados proporcionalmente ao trabalho realizado; os outros 20%, para um fundo comum.
Esse fundo deveria ser “indivisível, indissolúvel e inalienável” e serviria para preservar a natureza desse tipo de entidade. Em caso de dissolução da sociedade, o fundo passaria integralmente a outra sociedade semelhante.
A obra prática de Buchez consistiu especialmente na organização de duas entidades que operaram nos ramos artesanais da marcenaria (1832) e joalheria (1834). Seu trabalho doutrinário alcançou considerável difusão e influência, pois soube caracterizar adequadamente as cooperativas de trabalho dando-lhes normas que se aplicam até hoje.
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