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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Caçada do EMU

Prezados amigos:

Esta história do Prof. Luiz Marins tem me acompanhado por décadas. Espero que possa servir-lhe de inspiração e estímulo.

              Muitas pessoas têm curiosidade de saber o episódio da caçada do EMU que fiz com os aborígines australianos da ilha de Bathurst em 1972, quando estudava antropologia na Austrália.
            Este episódio, como sempre disse, ensinou-me o valor do foco. Desde então tenho visto que pessoas e empresas que têm foco, têm sucesso.
              Aqui vai a narração do episódio: 
            Na noite anterior à caçada, os aborígenes australianos, com quem vivi e estudei, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam “caçar de fato” o animal. Após a “caçada” (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas ou nas árvores) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão “apanhar o animal”, com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente “caçado” durante a dança na noite anterior.
            Um certo dia os aborígenes me convidaram para a dança do Emu (Emu é um avestruz, uma ema que existe naquela parte do mundo) pois iríamos caçar no dia seguinte. Fizemos a dança como descrevi acima.
            No dia seguinte, deram-me a incumbência de achar as pegadas de Emu. Ensinaram-me como eram as pegadas. Ao achar alguma pegada de Emu, eu deveria chamar os caçadores. Os aborígenes são exímios examinadores de pegadas. Pela análise, eles sabem exatamente onde está o animal para apanhá-lo.
            Eu ia à frente do grupo. De repente encontrei umas pegadas. Eram na verdade de canguru. Chamei a todos. Eles vieram, viram que as pegadas não eram de Emu e sim de canguru e disseram: Essas pegadas são de canguru. Eu disse: mas canguru não é mais gostoso que Emu? Eles responderam: Sim, é. Mas nós hoje estamos caçando EMU e não canguru. E se espalhavam novamente.
            Mais um pouco e encontrava outras pegadas. Sabia que não eram de Emu, mas mesmo assim chamei os caçadores. Eles disseram: Essas pegadas são de wallabies (um pequeno canguru). Eu disse: mas wallabies não são mais gostosos que Emu e até mais gostosos que canguru? Sim, responderam eles, mas hoje estamos caçando Emu e não wallabies ou cangurus. Outro dia voltaremos para caçar outro animal. Hoje estamos caçando Emu!
            Na quarta vez que parei a caçada e as pegadas não eram de Emu, eles me disseram:
-          Nós estamos caçando EMU. Fizemos a dança do EMU, trouxemos os bumerangues de EMU, as lanças de EMU. Se você parar a caçada cada vez que encontrar qualquer pegada, nós não vamos caçar nem Emu, nem canguru, nem wallabies. Outro dia nós voltaremos para caçar cangurus ou wallabies. Hoje estamos caçando EMU.
Foi então que eu aprendi a razão de todo primitivo ir caçar e voltar com a caça rapidamente. Eles sabem exatamente o que estão caçando e não se desviam do foco. 
Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, e muito foco nesses objetivos e metas; se tivermos os instrumentos certos para atingí-los (ou armas adequadas); pessoas certas com as habilidades necessárias, treinadas; dedicação e entusiasmo; com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que pareçam ser.
Assim, o foco, é, sem dúvida, um dos principais fatores de sucesso de pessoas e empresas.
Pense nisso. Tenha Foco. Sucesso!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A fábula do Porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor .

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:

Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.





quarta-feira, 28 de abril de 2010

Louis Jean Joseph Charles Blanc (1811-1882)

Estadista, periodista, orador e político francês, Louis Blanc contribuiu para o desenvolvimento das cooperativas de trabalho, diferenciando-se de Bouchez; não se baseava na formação de grupos de produção para a pequena indústria ou artesanal, mas na criação de "estúdios sociais" para a grande indústria.
Advertiu que a criação desses locais de trabalho socializados requer grandes investimentos que não podem, segundo ele, vir da poupança dos trabalhadores; por isso apelava para o Estado que poria o sistema em movimento mediante empréstimos a serem pagos somente depois dos "estúdios" estarem estruturados e podendo se sustentar.

terça-feira, 16 de março de 2010

Fidelizando Clientes e Aumentando Negócios

O Programa de Capacitação e Desenvolvimento - PCD do Centro Latino-Americano (parceiro nos programas do "cooperativismo latino") oferece o curso Fidelizando Associados e Aumentando os Negócios em sua Cooperativa.

Foi criado para capacitar e motivar os vendedores, supervisores e profissionais ligados às vendas de varejo das cooperativas.
O programa conduz os participantes a uma análise dos instrumentos que levam à fidelização do associado, analisando sua personalidade e apresentando técnicas adequadas de abordagem, argumentação e fechamento das vendas. 

terça-feira, 9 de março de 2010

Philippe Buchez (1796 - 1865)


Periodista, historiador e político francês, Philippe Buchez estabeleceu as bases das cooperativas de trabalho e, em particular daquelas vinculadas às pequenas indústrias ou artesanais.

Propôs que grupos de trabalhadores de um mesmo ofício ou profissão se ligassem voluntariamente entre si mediante um contrato e se transformassem em seus próprios patrões. Deveriam reunir em um determinado local suas ferramentas e utensílios de trabalho, contribuir com suas modestas economias, eleger livremente alguns associados para que se encarregassem da administração e representação da sociedade e, por fim, empreender a produção em comum.

Os trabalhadores receberiam um salário conforme normas estabelecidas e de acordo com sua habilidade individual. A sociedade, enquanto empresa, receberia os benefícios e os distribuiria da seguinte maneira: 80% para proporcionar eventuais socorros e a ser distribuído entre os associados proporcionalmente ao trabalho realizado; os outros 20%, para um fundo comum.

Esse fundo deveria ser “indivisível, indissolúvel e inalienável” e serviria para preservar a natureza desse tipo de entidade. Em caso de dissolução da sociedade, o fundo passaria integralmente a outra sociedade semelhante.

A obra prática de Buchez consistiu especialmente na organização de duas entidades que operaram nos ramos artesanais da marcenaria (1832) e joalheria (1834). Seu trabalho doutrinário alcançou considerável difusão e influência, pois soube caracterizar adequadamente as cooperativas de trabalho dando-lhes normas que se aplicam até hoje.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Programa de Capacitação e Desenvolvimento

O que é o PCD?

O PCD - Programa de Capacitação e Desenvolvimento - foi concebido para aprimorar a qualidade dos serviços prestados pelos diretores, gerentes e colaboradores operacionais das cooperativas junto ao quadro de associados, fornecedores e comunidade em geral. Consiste em um conjunto de eventos (cursos, palestras, workshops, seminários, oficinas, etc) oferecidos para capacitar e aperfeiçoar toda a equipe de funcionários das cooperativas do Brasil.
Sua atuação está focada na gestão das cooperativas de todos os ramos sócio-econômicos conhecidos e estruturados.
Compreende duas modalidades:
  • Eventos abertos: destinados aos  diretores, gerentes e funcionários de várias cooperativas.
  • Eventos fechados: realizados mediante solicitação de uma cooperativa, com exclusividade para seu quadro de diretores, gerentes e funcionários.
Apresentaremos, a partir de hoje, alguns programas para que os senhores possam avaliá-los em sua pertinência e aplicabilidade. Salientamos que para os eventos "fechados" a programação pode e deve ser personalizada, considerando as necessidades pontuais ou sazonais de cada cooperativa.

O PCD - Programa de Capacitação e Desenvolvimento conta com o respaldo técnico e pedagógico do Centro Latino-Americano de Educação e Gerência; Instituto Superior de Formação Continuada e da Jabenato - Auditores Associados. 
Pedidos de informações podem ser encaminhados atraves desde blog ou nos telefones:
+55 (41) 3015-5559; +55 (41) 9684-7989 com Prof. Ademir Zanlorenzi ou, ainda, através do adezanlorenzi@gmail.com




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Guillermo King (1786 – 1865)

Médico da cidade de Brighton (Grã Bretanha), Guillermo King desenvolveu um interessante trabalho doutrinário e estimulou a organização de uma rede importante de entidades dedicadas a atividades de consumo.

Expôs suas idéias nos vinte e oito números do periódico mensal “O Cooperador”, que dirigiu de 1828 a 1830. Aconselhou aos trabalhadores se associarem em grupos, formarem um pequeno capital inicial mediante contribuições semanais e organizarem suas próprias empresas para abastecerem-se de bens de consumo pessoal e doméstico.

King fundou em 1827, em Brighton, uma entidade para distribuição de artigos de consumo e estimulou a criação de outras semelhantes. Rapidamente se organizaram perto de trezentas sociedades e, de 1831 a 1835, realizaram vários congressos na Grã Bretanha; contudo, a falta de normas que deveriam reger seu funcionamento, estas entidades não tiveram êxito.

King realçou a importância do esforço próprio dos associados para solucionar os problemas comuns, chamou a atenção da influência não só econômica, mas também espiritual do cooperativismo e aconselhou a criação de escolas que além de ensinar as necessárias noções econômicas, deveriam promover a transformação moral dos futuros cooperadores.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Charles Fourier (1772 - 1837)

François Marie Charles Fourier nasceu em Besançon, no dia 07 de abril de 1772 e morreu em Paris aos 10 dias de outubro de 1837. Socialista francês da primeira parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo.



Não foi um homem de ação como Owen. Suas idéias, expostas em inúmeras obras, alcançaram considerável divulgação e foram aplicadas por muitos discípulos.


A solução dos problemas econômicos e sociais deveria ser procurada, segundo Fourier, mediante a associação de pessoas em grupos ou “falanges”, que habitariam em estabelecimentos chamados “falanstérios”.


Em cada uma dessas colônias autônomas, o consumo deveria realizar-se em comum, dentro do “palácio social” ou edifício central do falanstério. Também a produção se realizaria comunitariamente em terreno adjacente ao falanstério.


Fourier priorizou o trabalho no campo e propôs reduzir ao mínimo as atividades nas oficinas e escritórios. Além disso, procurou demonstrar que o trabalho deveria ser prazeroso e atraente; propôs que os ambientes de trabalho fossem limpos, organizados e agradáveis e que os associados se unissem voluntariamente em grupos de acordo com suas habilidades e afinidades. Os grupos podiam escolher suas tarefas preferidas e alterná-las frequentemente, entre si.


A influência dessas e de outras idéias de Fourier, pode ser confirmada através da fundação, poucos anos após sua morte, de aproximadamente 40 colônias fourieristas em diversas partes do mundo. Destaca-se a que promoveu, a partir de 1846, Andrés Godin, em Guisa, no nordeste da França.


Algumas dessas idéias resultaram, no mínimo extravagantes, outras progressistas, originais e outras anteciparam os princípios cooperativistas, tais como a associação voluntária e democrática através de empresas destinadas a satisfazer as necessidades de seus membros.


Essas idéias chegaram às Américas. Na América do Sul, destacamos o Falanstério do Saí, em Santa Catarina e a Colônia Cecília, no Paraná.









terça-feira, 26 de janeiro de 2010